FÁTIMA, quinta-feira, 13 de maio 2010 (ZENIT.org). - De Fátima, Bento XVI apresentou nesta tarde de quinta-feira um programa para os cristãos comprometidos no âmbito social, no qual supera a histórica divisão entre a contemplação e a ação. Além disso, o Papa pediu pela superação da dicotomia estabelecida ao longo das últimas décadas, que contrapõe o compromisso com a justiça social e a defesa da vida humana.
O Pontífice sintetizou desta maneira os ensinamentos por ele expostos ao longo de seus cinco anos de pontificado e em suas três encíclicas, em um encontro com as organizações da pastoral social na Igreja da Santíssima Trindade, da cidade mariana.
O Pontífice sintetizou desta maneira os ensinamentos por ele expostos ao longo de seus cinco anos de pontificado e em suas três encíclicas, em um encontro com as organizações da pastoral social na Igreja da Santíssima Trindade, da cidade mariana.
As lições da crise
O Pontífice iniciou extraindo lições da atual "crise socioeconómica, cultural e espiritual" e de seu impacto sobre as reflexões dos cristãos.
A doutrina social da Igreja, explicou, não deve ser reduzida ao caráter de um "puro conhecimento intelectual, mas de uma sabedoria que dê sabor e tempero, ofereça criatividade às vias cognoscitivas e operativas para enfrentar tão ampla e complexa crise".
"Que as instituições da Igreja, unidas a todas as organizações não eclesiais, melhorem as suas capacidades de conhecimento e orientações para uma nova e grandiosa dinâmica que conduza para aquela civilização do amor, cuja semente Deus colocou em todo o povo e cultura", pediu o Papa.
"Quem aprende de Deus Amor será inevitavelmente pessoa para os outros. Realmente, o amor de Deus revela-se na responsabilidade pelo outro", acrescentou.
O Pontífice iniciou extraindo lições da atual "crise socioeconómica, cultural e espiritual" e de seu impacto sobre as reflexões dos cristãos.
A doutrina social da Igreja, explicou, não deve ser reduzida ao caráter de um "puro conhecimento intelectual, mas de uma sabedoria que dê sabor e tempero, ofereça criatividade às vias cognoscitivas e operativas para enfrentar tão ampla e complexa crise".
"Que as instituições da Igreja, unidas a todas as organizações não eclesiais, melhorem as suas capacidades de conhecimento e orientações para uma nova e grandiosa dinâmica que conduza para aquela civilização do amor, cuja semente Deus colocou em todo o povo e cultura", pediu o Papa.
"Quem aprende de Deus Amor será inevitavelmente pessoa para os outros. Realmente, o amor de Deus revela-se na responsabilidade pelo outro", acrescentou.
Conjugar contemplação e ação
Neste sentido, reconheceu que "não é fácil conseguir uma síntese satisfatória da vida espiritual com a ação apostólica".
"A pressão exercida pela cultura dominante, que apresenta com insistência um estilo de vida fundado sobre a lei do mais forte, sobre o lucro fácil e fascinante, acaba por influir sobre o nosso modo de pensar, os nossos projetos e as perspectivas do nosso serviço, com o risco de esvaziá-los da motivação da fé e da esperança cristã que os tinha suscitado."
"Os pedidos numerosos e prementes de ajuda e amparo que nos dirigem os pobres e marginalizados da sociedade impelem-nos a buscar soluções que estejam na lógica da eficácia, do efeito visível e da publicidade."
A síntese entre contemplação e ação, porém, lembrou Bento XVI aos presentes, "é absolutamente necessária (...) para poderdes, amados irmãos, servir Cristo na humanidade que vos espera".
"Neste mundo dividido, impõe-se a todos uma profunda e autêntica unidade de coração, de espírito e de ação."
Para tal, o Papa pediu que seja clara a orientação das instituições humanitárias ligadas à Igreja.
"A firmeza da identidade das instituições é um serviço real, com grandes vantagens para os que dele se beneficiam. Passo fundamental, além da identidade e unido a ela, é conceder à atividade caritativa cristã autonomia e independência da política e das ideologias, ainda que em cooperação com organismos do Estado para atingir fins comuns."
Neste sentido, reconheceu que "não é fácil conseguir uma síntese satisfatória da vida espiritual com a ação apostólica".
"A pressão exercida pela cultura dominante, que apresenta com insistência um estilo de vida fundado sobre a lei do mais forte, sobre o lucro fácil e fascinante, acaba por influir sobre o nosso modo de pensar, os nossos projetos e as perspectivas do nosso serviço, com o risco de esvaziá-los da motivação da fé e da esperança cristã que os tinha suscitado."
"Os pedidos numerosos e prementes de ajuda e amparo que nos dirigem os pobres e marginalizados da sociedade impelem-nos a buscar soluções que estejam na lógica da eficácia, do efeito visível e da publicidade."
A síntese entre contemplação e ação, porém, lembrou Bento XVI aos presentes, "é absolutamente necessária (...) para poderdes, amados irmãos, servir Cristo na humanidade que vos espera".
"Neste mundo dividido, impõe-se a todos uma profunda e autêntica unidade de coração, de espírito e de ação."
Para tal, o Papa pediu que seja clara a orientação das instituições humanitárias ligadas à Igreja.
"A firmeza da identidade das instituições é um serviço real, com grandes vantagens para os que dele se beneficiam. Passo fundamental, além da identidade e unido a ela, é conceder à atividade caritativa cristã autonomia e independência da política e das ideologias, ainda que em cooperação com organismos do Estado para atingir fins comuns."
Justiça social e defesa da vida
À luz destas reflexões, o Pontífice pediu também pela superação das divisões verificadas no comprometimento social de alguns católicos, que por vezes veem no auxílio aos mais pobres e na defesa da vida - em especial dos não-nascidos - elementos contraditórios.
"Vossas atividades assistenciais, educativas ou caritativas sejam completadas com projetos de liberdade que promovam o ser humano, na busca da fraternidade universal. Aqui se situa o urgente empenhamento dos cristãos na defesa dos direitos humanos, preocupados com a totalidade da pessoa humana nas suas diversas dimensões."
Por isso, expressou seu "profundo apreço a todas aquelas iniciativas sociais e pastorais que procuram lutar contra os mecanismos socioeconómicos e culturais que levam ao aborto e que têm em vista a defesa da vida e a reconciliação e cura das pessoas feridas pelo drama do aborto".
"As iniciativas que visam tutelar os valores essenciais e primários da vida, desde a sua concepção, e da família, fundada sobre o matrimônio indissolúvel de um homem com uma mulher, ajudam a responder a alguns dos mais insidiosos e perigosos desafios que hoje se colocam ao bem comum", destacou.
"Tais iniciativas constituem, juntamente com muitas outras formas de compromisso, elementos essenciais para a construção da civilização do amor", finalizou.
À luz destas reflexões, o Pontífice pediu também pela superação das divisões verificadas no comprometimento social de alguns católicos, que por vezes veem no auxílio aos mais pobres e na defesa da vida - em especial dos não-nascidos - elementos contraditórios.
"Vossas atividades assistenciais, educativas ou caritativas sejam completadas com projetos de liberdade que promovam o ser humano, na busca da fraternidade universal. Aqui se situa o urgente empenhamento dos cristãos na defesa dos direitos humanos, preocupados com a totalidade da pessoa humana nas suas diversas dimensões."
Por isso, expressou seu "profundo apreço a todas aquelas iniciativas sociais e pastorais que procuram lutar contra os mecanismos socioeconómicos e culturais que levam ao aborto e que têm em vista a defesa da vida e a reconciliação e cura das pessoas feridas pelo drama do aborto".
"As iniciativas que visam tutelar os valores essenciais e primários da vida, desde a sua concepção, e da família, fundada sobre o matrimônio indissolúvel de um homem com uma mulher, ajudam a responder a alguns dos mais insidiosos e perigosos desafios que hoje se colocam ao bem comum", destacou.
"Tais iniciativas constituem, juntamente com muitas outras formas de compromisso, elementos essenciais para a construção da civilização do amor", finalizou.
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