Palavras de alento ante o referendo sobre a independência do sul
CARTUM, quarta-feira, 23 de junho de 2010 (ZENIT.org) – “O Sudão não retornará à guerra nem hoje nem após o referendo que determinará o futuro dos sudaneses do sul”.
O bispo emérito de Torit, Dom Paride Taban, convidou a população do sul do Sudão a permanecer unida e atuar pela paz em vista do referendo de Janeiro de 2011.
Com esta votação, a população local está convidada a decidir se o sul do Sudão se converte em um estado independente ou permanece unido ao resto do país, informou a agência Fides.
Dom Taban reuniu-se recentemente, acompanhado por alguns sacerdotes, com o novo governador do estado de Equatoria oriental (Sudão meridional), Louis Lobong.
O governador garantiu os esforços de sua administração para colaborar com a Igreja para ajudar a população a superar o difícil momento que está vivendo.
Do sul do Sudão continuam chegando notícias de confronto e proclamações ameaçadoras por parte do líder de uma facção rebelde do SPLA (Sudan’s People Liberation Army), o ex-movimento de guerrilha que, após os acordos de paz de 2005, governa o sul do Sudão.
Outra área de crise é a de Abyei, no limite entre Sudão do norte e do sul, cuja população será chamada a votar num referendo diferente ao do Sudão meridional, para decidir se seu território fará parte da zona setentrional ou da zona meridional do país.
Abyei possui ricos jazidos de petróleo; se pertencer ao Sudão meridional, incrementará o potencial petrolífero do sul, de modo que no caso de independência da zona meridional, o norte perderia a sua mais importante fonte de recursos.
A visão política islâmica do presidente Omar al Bashir vai contra a região semi-autónoma do sul do Sudão, que alguns esperam que possa ser independente.
A Igreja desempenha uma importante função na reconciliação no Sudão após os horrores experimentados nos últimos 25 anos de guerra civil norte-sul, que causou a morte de um milhão e meio de pessoas.
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