800 mil crianças no Sahel ocidental sofrem de desnutrição severa
NIAMEY, 23 de abril de 2010 (ZENIT.org). - Caritas Internacional afirma que a crise alimentar no Níger e em outras partes do Sahel ocidental deve ser enfrentada urgentemente antes que o início da estação das chuvas torne a distribuição de alimentos nas regiões mais remotas impossível.
"Em algumas áreas, a situação é muito grave. Algumas pessoas estão se alimentando apenas plantas silvestres. É preciso que a ajuda chegue rapidamente. Em 45 dias, se iniciará a estação das chuvas e algumas áreas ficarão incomunicáveis", disse o voluntário da Caritas Níger Bruno Sossou após uma visita exploratória a algumas aldeias remotas.
Como consequência direta da crise alimentar, as pessoas estão abandonando as aldeias em grande número em direção às cidades de países vizinhos. Muitas escolas estão fechando por falta de estudantes, e os campos já não estão sendo cultivados.
A situação em Níger é especialmente preocupante, mas toda a região do Sahel ocidental foi afetada pela crise. Milhões de pessoas se encontram em risco devido às secas e os efeitos de longo prazo das crises alimentares anteriores.
Cerca de 800 mil crianças menores de cinco anos em Burkina Faso, Mauritânia, Mali, Níger, no norte da Nigéria e no Chade estão classificadas como necessitadas de tratamento por desnutrição severa.
"A crise tem sido subestimada no Níger. A insegurança alimentar era um tema tabu sob o governo anterior, derrubado por um golpe em 18 de fevereiro. Apenas com a pressão dos meios de comunicação e das associações internacionais é que o governo decidiu levar adiante uma investigação sobre o tema, e que se pode avaliar as dimensões da emergência", disse Raymond Yoro, secretário-geral da Caritas Níger.
Cerca de 7,8 milhões de pessoas - 60% da população do Níger - estão sem comida, segundo a investigação conduzida pelo governo em dezembro passado.
"O ambiente político é crucial para que as intervenções tenham êxito. Ao menos agora estamos livres para coordenar nossos esforços com outras ONGs, e temos acesso a informações geográficas detalhadas que nos permitem chegar onde a ajuda é mais necessária", disse Yoro.
A Caritas se prepara para lançar uma campanha de ajuda alimentar de emergência aos mais vulneráveis de Níger. Planeja distribuir ajuda a quase 250 mil famílias em 327 aldeias.
A ajuda consiste na distribuição de cereais e na promoção de atividades remuneradas, dando prioridade às crianças e mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
"Em primeiro lugar, precisamos enfrentar a emergência oferecendo alimento. Mas pretendemos implementar em breve um programa de reabilitação da capacidade de produção de alimento, promovendo atividades que gerem renda nas regiões rurais, a fim de alcançar uma melhoria na segurança alimentar", explicou Maliki Oumarou, responsável pela operações de emergência da Caritas Níger.
"Em algumas áreas, a situação é muito grave. Algumas pessoas estão se alimentando apenas plantas silvestres. É preciso que a ajuda chegue rapidamente. Em 45 dias, se iniciará a estação das chuvas e algumas áreas ficarão incomunicáveis", disse o voluntário da Caritas Níger Bruno Sossou após uma visita exploratória a algumas aldeias remotas.
Como consequência direta da crise alimentar, as pessoas estão abandonando as aldeias em grande número em direção às cidades de países vizinhos. Muitas escolas estão fechando por falta de estudantes, e os campos já não estão sendo cultivados.
A situação em Níger é especialmente preocupante, mas toda a região do Sahel ocidental foi afetada pela crise. Milhões de pessoas se encontram em risco devido às secas e os efeitos de longo prazo das crises alimentares anteriores.
Cerca de 800 mil crianças menores de cinco anos em Burkina Faso, Mauritânia, Mali, Níger, no norte da Nigéria e no Chade estão classificadas como necessitadas de tratamento por desnutrição severa.
"A crise tem sido subestimada no Níger. A insegurança alimentar era um tema tabu sob o governo anterior, derrubado por um golpe em 18 de fevereiro. Apenas com a pressão dos meios de comunicação e das associações internacionais é que o governo decidiu levar adiante uma investigação sobre o tema, e que se pode avaliar as dimensões da emergência", disse Raymond Yoro, secretário-geral da Caritas Níger.
Cerca de 7,8 milhões de pessoas - 60% da população do Níger - estão sem comida, segundo a investigação conduzida pelo governo em dezembro passado.
"O ambiente político é crucial para que as intervenções tenham êxito. Ao menos agora estamos livres para coordenar nossos esforços com outras ONGs, e temos acesso a informações geográficas detalhadas que nos permitem chegar onde a ajuda é mais necessária", disse Yoro.
A Caritas se prepara para lançar uma campanha de ajuda alimentar de emergência aos mais vulneráveis de Níger. Planeja distribuir ajuda a quase 250 mil famílias em 327 aldeias.
A ajuda consiste na distribuição de cereais e na promoção de atividades remuneradas, dando prioridade às crianças e mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
"Em primeiro lugar, precisamos enfrentar a emergência oferecendo alimento. Mas pretendemos implementar em breve um programa de reabilitação da capacidade de produção de alimento, promovendo atividades que gerem renda nas regiões rurais, a fim de alcançar uma melhoria na segurança alimentar", explicou Maliki Oumarou, responsável pela operações de emergência da Caritas Níger.
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